terça-feira, 21 de abril de 2009

Vitamina B(ellini)

Confesso que não conhecia a veia escritora de Tony Bellotto. Marido de Malu Mader e guitarrista da banda rock “Titãns”, Bellotto escreveu já três romances policiais (“Um Caso de Espíritos”, “Bellini e a Esfinge” e este “Um caso com o Demónio”) com o detective Remo Bellini como principal protagonista.

Esta edição da Quetzal dá-nos a oportunidade de conhecer um autor que aposta numa trama bastante eficiente e cativante. Apenas a escrita em português do Brasil se estranha de início mas depois se entranha e ficamos com a certeza da dinâmica da nossa língua materna ao serviço do "país irmão".

Em “Um caso com o Demónio”, Bellini, amante de Blues, cerveja, (ou devo dizer chope?) e comida italiana, investiga dois casos sem relação. O espectro de um manuscrito perdido do escritor Dashiell Hammett, nunca editado, e um assassinato de uma menina de 17 anos num colégio de classe média.

São Paulo e Rio de Janeiro juntam as mãos numa aventura que leva Bellini e comparsas a embrenharem-se num jogo de sedução criminosa que nos prende da primeira à última página.

Fã incondicional de Padura, Doyle e mestres do romanceio policial, fiquei bastante impressionado com este livro que se devora como se fosse um refrescante e vitaminado gelado numa tarde quente de verão.

Bellinni, Brasil, Bellotto e Blues. Bestial, não?

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