Espanha viveu momentos bastante delicados durante e depois da guerra civil. O país estava semi-destruído e a dor, a miséria e o desespero sentiam-se num ar pérfido, respirável a muito custo.
É neste contexto histórico e social que Ignacio del Valle nos relata a estória do desaparecimento de um quadro, da autoria de um pintor italiano anónimo, conhecido por "A Arte de Matar Dragões", aquendo da transferência do espólio do Museu do Prado para o estrangeiro por ordem dos responsáveis republicanos.
Arturo, dono de um espírito de cavalaria medieval, é destacado pelo governo para a difícil missão de tentar resgatar a tela desaparecida e envolve-se numa misteriosa, complexa e perigosa rede de acontecimentos e conspirações. Pelo meio, o (anti)herói é assaltado por uma paixão impossível e descobre o calor da amizade e a frieza da mentira e da traição.
Depois de "O Tempo dos Imperadores Estranhos", a Porto Editora oferece mais um livro do espanhol del Valle que nos volta a brindar com um romance cuja escrita eficaz nos prende do início ao fim. Galardoado com o prémio Felipe Trigo de Novela, "A Arte de Matar Dragões" revela-se uma aposta segura para quem gosta de um bom romance policial.
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